quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

30-Março-2015
(8 anos e 7 meses)


Dislexia habitual

Continuo a achar que a minha filha é disléxica ou então só distraída e destrambelhada. Não sei o que será melhor.

Acabados de chegar da piscina a Nô pede ao Pai para ainda ir à praia jogar vólei. O Pai pergunta-lhe:

- Mas vais mesmo jogar?
- Sim Pai!
- responde ela - não vou ficar só ali "espancada" a olhar!

(Acho que tá na altura de explicar-lhe que "especada" e "espancada" são duas coisas bem diferentes.)



Arrojinha*

25 de Março de 2015
(8 anos e 6 meses)

Hormonas Ortigonas

Estávamos sentadinhas no sofá a ver a nova novela da TVI, A Única Mulher e, finalmente, as personagens da Ana Sofia Martins e do Lourenço Ortigão (Mara e Luis Miguel) beijam-se com muita intensidade. Isto já andava ali num clima de tensão que valha-me Deus! A Nô, que tem acompanhado de perto a novela, uma vez que é super fã do Lourenço, deixa escapar com alguma tristeza e inveja ao mesmo tempo:

- Ai Ana Sofia, quem me dera estar no teu lugar......

(Hormonas palpitantes a funcionar! É tão bom sonhar, não é?)



Arrojinha*

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

14-Março-2015

Pérola Alheia


Lisboa. Tarde quente. Famílias com crianças pequenas no parque. Numa esplanada, na fila para pedir, estão atrás de mim uma Mãe e uma filha pequena, uns 5 anos talvez.
Pergunta a menina:
- Mãe há gelados?
- Não sei querida.
- Há "eucalipto" de morango?


LOOOOOOLLLLLL!!!!!!



Arrojinha*
13-Março-2015

Aniversário da Rádio Comercial

Em dia de aniversário da nossa Rádio temos sempre uma festa com bolo para os nossos ouvintes, gostamos de celebrar com todos os que fazem desta Rádio a mais ouvida em Portugal. Neste dia, entro na rádio e diz-me o Tó, um dos nossos seguranças:

- Arroja tens aqui um livro para autografar.
- Ai sim? O meu? (Pareceu-me uma pergunta tão óbvia, visto que hoje uma ouvinte que nos veio cantar os parabéns trouxe um livro das Pérolas Mini-Arrojadas para eu assinar)
- Não não... (Responde o Tó com o ar mais sério do Mundo) O outro, aquele da moda... As 50 Sombras.

REALLY??

Perguntam vocês: "E assinaste?"
Respondo eu: "Claro!"

Isto só a mim mesmo.


Arrojinha*

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

02-Março-2015
(8 anos e 6 meses)

Burrices

A Nô e as suas perguntas:

Nô- Mãe és burra ou esperta?
Eu- Gosto de pensar que sou esperta, porquê?
Nô- Então sabes qual é a maior palavra do Mundo?
(Caramba, lixou-me!)
Eu- Não, não sei... mas talvez uma daquelas compridas tipo otorrinolaringologista, sei lá...
Nô- Não! É arroz.
Eu- Arroz?? - pergunto incrédula.

Nô- Sim, arroz. Começa em A e acaba em Z.

(Daaaaah!! Também podia ser avestruz. Toma! Mas só me lembrei agora, na altura fiquei tipo "Oi?" Leonor 1 - Mãe 0)


Arrojinha*
23-Fevereiro-2015
(8 anos e 6 meses)


Carpetices

Se há coisa que eu e o Gil adoramos cá em casa, desde sempre, é acompanhar a noite/madrugada dos Óscares. É maravilhoso, todo aquele desfile de estrelas, as entrevistas, os vestidos, as jóias, os penteados, a maquilhagem. Antigamente assistia a tudo isto sozinha (com o Gil mas sem uma mulher com quem comentar cenas de gaja) mas agora tenho uma grande companhia que, nessa noite, pode ficar até um bocadinho mais tarde acordada para ver, pelo menos a Red Carpet.
Ora, o que é que sucede? Sucede que a Nô tem a irritante mania de que sabe tudo, sabe mais que nós, é mais esperta que toda a gente mas com esta mania apressada, acaba por atrapalhar-se toda e perceber algumas coisas pela metade. 

Estávamos então a ver as estrelas de cinema a desfilarem na Red Carpet e diz-me ela:

- Oh Mãe, há bocado na "carpete" vermelha...


(Até me cuspi toda. Soltei uma gargalhada daquelas! A carpete vermelha da minha filha tirou todo o brilho da Red Carpet da Sétima Arte.)



Arrojinha*
O DRAMA, O HORROR....

Hoje foi dia de vacinas. Podia ser apenas um dia normal, ir até ao hospital com o Baby S, levar 3 picas e tá feito. Só que não... Salvador, o Terror! Salvador, o Dramático! Juro que não sei como é que as pessoas (coitadas) que estão na sala de espera do hospital, e todas as outras que estão para lá da porta da sala onde estávamos nós, não ligaram para a Segurança Social cheios de medo de estarmos a matar a criança. Ninguém tem noção. Se eu achava que a Nô (a minha filha mais velha de 10 anos) era uma fiteira/dramática ao mais alto nível, então este puto bate isso tudo aos pontos. Nem dá hipótese.
Sabem aquele olhar fuzilador de "Ah seu filho de uma grande p***! Olha que eu tou a ver bem quem tu és... e és tu que me estás a espetar cenas nos braços, seu grande c*****!" Quase que jurava que era isso que lhe passava pela cabeça de cada vez que olhava para o enfermeiro (que era um querido e teve uma paciência de Santo.) Só espero que não tenha ficado surdo. Eu ainda tou com um zumbido nos ouvidos.
É que foram 3 vacinas (duas delas no mesmo braço) e um berreiro do camandro. Ok, há coisas piores (que há) mas, no nosso caso, não é só o drama dos filhos, é o drama do Pai. Sim, o drama do Pai. E aqui entramos em toda uma nova dimensão de drama elevado ao expoente máximo.
Não cheguei a conhecer o meu sogro (com muita pena minha) mas sei que era médico. Em casa de ferreiro, espeto de pau, não é assim? Ora, o meu pai é piloto aviador e eu tenho pavor de andar de avião. O meu sogro era médico e o meu marido tem pavor de hospitais, médicos, evita tudo o que tenha a ver com isso: medicamentos, falar de doenças e, agora, calma... vacinas e tirar sangue. Não, é demasiado drama para mim. O homem desmaia senhores!!!! Ou seja, tenho de lidar com o drama dos filhos e o drama do Pai. Só para terem uma noção, na 1ª consulta de obstetrícia durante a gravidez do Salvador (o Gil vai matar-me mas vou contar-vos na mesma), estava eu muito descansadinha de perna aberta na marquesa a fazer a primeira ecografia e começo a sentir a mão do Gil (que estava em pé ao meu lado a dar-me a mão, que romântico, não era isso que estavam a pensar suas marotas) a abrir ligeiramente e sinto que ele estava a abanar também assim um bocadinho. Desviei os olhos do ecógrafo para olhar para ele e estava branco. Perguntei-lhe "Mor, tás bem?" porque já sei o que a casa gasta e respondeu-me um singelo "Sim...." seguido de "lpskjyhryubdckpaoscii9unspod......", lol! Pois, não percebi o resto porque o homem parecia uma folha de papel a pairar no ar e a cair devagarinho no chão. Entretanto a Dra. Olga apercebe-se (isto em coisa de segundos) e só tem tempo de gritar "Enfermeira traga-me uma cadeira JÁ JÁ JÁ!!!!!!! Mas não é para a Mãe, é para o Pai." (esta última frase já com um ar um bocadinho de gozo, convenhamos) A sério? Na 1ª ecografia?? No parto eu já sabia que ele não podia estar mas na 1ª ecografia? A partir dali, como devem calcular, sempre que íamos a uma consulta, a preocupação da minha médica era com o Pai e não com a Mãe, a grávida. Assim que entrávamos no consultório era imediatamente ajeitada uma cadeirinha para o senhor Gil, não fosse dar-lhe o badagaio ali e cair-nos estatelado no meio do chão. 
Por isso, pensando bem, até que não estranho o drama do Salvador hoje no Hospital da Luz. Assim que o enfermeiro se aproximava e lhe limpava o braço, abria a goela e lá vai disto! Olhem, uma canseira... agarrar o Baby e estar de olho no Pai, não é fácil, trust me. Bem melhor portam-se os nossos cães, esses sim, uns valentões, não é nada com eles. Agora eu, fónix! Saio de lá moída, surda e com vontade de levar eu as vacinas em vez deles. 
Haja paciência.


Arrojinha*